terça-feira, 29 de abril de 2014

Em meio ao nada: A saudade.

Não sigo um caminho só, mas navego só.
Meu barco tem vela, tem proa, popa, tem leme, meu alquebramento não é mais o mesmo, porém segue firme em um oceano onde a tempestade é constante. Já virei escravo da maré e das ondas cortantes.
As velas apesar de resistentes precisam deixar de ser içadas por longos encontros de maré. Sigo alheio aos meus pensamentos. A calmaria do mar já me agradou mais vezes, hoje eu prefiro o céu. Preferi seus olhos e seu sorriso em um mundo que hoje eu não conheço mais. É difícil navegar onde não se sabe ir ou até mesmo onde não sei onde irá parar. Tenho medo, tive fé um dia. Rezei muito, mas nada adiantou. Hoje sou um ciclo de mim, onde acabo sempre no meu umbigo todas e todas às vezes. Você é a falta que faz. Sinto falta de sentir você. Sinto falta de sentir falta de nós. Ondas, pedras, pessoas, mundo e areia. Misturei todas essas coisas em um tubo. Não consegui nada. Apenas consegui o conflito que todos os dias as ondas me trazem. O amor não morre. Eu continuo. Sem ritmo e sem harmonia. 

Todo amor sempre.







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