quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Carta Ao Sr. Destino

Sentado no cais, admirando o mar percebo que o Sr. Willian, velho carteiro da cidade me chamava. Dizia que tinha uma carta para mim. Estava indo em direção a minha casa quando me viu sentado no porto.
Veio até mim e me entregou um envelope, agradeci e ele partiu.

O envelope era de Lívia, uma velha amiga que eu não havia há muito tempo.
Rasguei o envelope e comecei a ler a carta a qual foi destina a mim.
Percebi que sua grafia estava meio trêmula, não sabia se estava com pressa ou se estava nervosa ao escrever a carta. Na carta ela falava de sua família, pai, mãe e irmãos. Contava do seu dia-dia e como andava a sua faculdade de Engenharia Ambiental.
Mas o seu principal assunto não era o cotidiano e nem sua família, me escreverá, pois queria saber a minha opinião sobre seu novo namorado, chamado Antônio, o qual se apaixonará perdidamente no ano passado. Descobriu-se que ele tinha outra pessoa. Era casado e tinha dois filhos em outra cidade. Disse-me que alguns meses atrás já não queria mais viver e precisava de ajuda. Contou-me na carta que tentou o suicídio 2x no ano passado. Seu único jeito de fugir do mundo real era escrevendo para os poucos amigos que lhe restavam.

Disse que estava melhor, que se recuperava das dores em Antônio causou em seu coração, disse que dificilmente se apaixonaria por alguém novamente. E que aguardava uma visita minha em sua cidade que residia.

E no final da carta fez-me algumas perguntas:
Até onde vai o amor? O que é o amor? Ainda existe amor de amor no mundo?

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dia XIV

Até os meus olhos se abrirem novamente e eu perceber que no meio disso tudo. O tudo foi então, apenas o nosso sonho.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dia X

Acho que o único jeito que eu tenho de tirar esse peso do peito, ou sei lá o que está acontecendo vai ser tentar te escrever. As coisas não andam bem. Vamos nos atrasar, a vela do barco quebrou. Perdi amigos ontem, a tempestade levou-os. Estou muito triste. Choro por dias sem parar. Muitas coisas eu estou levando comigo na cabeça. Não quero pensar em mais nada. Logo mais escreverei, pois minha cabeça está confusa.
PS: Sorria com o tempo, ou deixe de olhar para o relógio.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dia IX

Pelos meus cálculos faltam 4 dias para desembarcar em terras firmes. Terras que eu deixei para sair nessa busca por novos caminhos, junto com meus companheiros. Quero chegar, sentir meus pés firmes e conseguir abraçar o sorriso que deixei nesse mesmo cais.

Dia VIII

Tenho tido noites horríveis. Não consigo dormir. Parece que algo corroê minha mente. Espero que minha tormenta passe rápido.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dia VI

As coisas estão difíceis no mar. Falta comida e temos pouca água. Mas mesmo assim eu sempre arrumo um jeito de te escrever, Sofia. Escrevi muito pra você hoje. Cada palavra, cada suspiro foram pra você. Coloquei o papel dentro de uma garrafa e joguei ao mar. Espero que as ondas levem todas as palavras e suspiro até você.

Dia V

Um velho marujo sentou-se eu meu lado, olhou pra mim e disse em tom muito baixo: "Está tudo escrito, rapaiz. Pode demorar um pouco ou muito, mas está tudinho lá, escrito".

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

a/c de vc

Oi, tudo bem? Como vocês estão? Venho por meio deste blog escrever algumas coisas.
Mas antes de escrever, gostaria de me apresentar: Me chamo Vinicius, tenho 29 anos
e atualmente produzo imagens. Mas deixando minha breve e curta apresentação um pouco de lado, gostaria de falar um pouco de mim. Alguns anos eu deixei de gostar, amar, ter interesses por pessoas. Aos poucos fui me afastando de muitas delas. Mas procurei ter contato com as que realmente mereciam. Enfim, passou e hoje estou aqui, quase recuperado. Mas uma coisa ainda falta curar, meu coração.
Pois esse, amigos... Ah sei lá! Perdi no caminho por aí. Mas quero achar, ou não. Talvez quero que seja achado pela mesma pessoa que fez eu perde-lo. Durante esses anos eu refleti muito sobre tudo. Procurei saber o que era o amor e se eu realmente entendia dele. Demorei pra entende-lo. Então, o que é o amor? AmarÉ querer ver sempre o mesmo sorriso todos os dias, não importa como? É abraçar, fazer carinho? É querer um ao outro sempre? Se todas as respostas pra essas perguntas forem sim? Eu realmente sei o que Amar é.
Vocês devem estar se perguntando, por que eu estou escrevendo isso? Ah sei lá! Nem sei.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Isso é tão eles.

Sabe... foram tantos “eus” em tantos “nós” que hoje eu nem sei...

Sabe... hoje somos tantos, somos quase tudo...

Sabe... você, eu, ele...

Sabe... que hoje nem sei, deixei ir e você levou.

Sabe... quando nos vemos e realmente nos vemos e estamos?

Então... que bom que você realmente sabe...

Que diante disso tudo, somos todos nós.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sobre Deixar Tudo Que Ama

Sempre soubemos que a hora de partir iria chegar. Arrumou suas coisas e andou. Virou-se para a estante e observou o último momento daquele lugar. Olhou os rostos em sua volta e suspirou algo do tipo "eu ainda amo tanto vocês" e saiu. Saiu em direção a rua, não sabia pra que lado seguia, apenas andou e andou... Havia tantos anos e lembranças naquele lugar que ele não soubera como começar do zero. O que tinha nos bolsos? Apenas uma passagem de ida para Hungria. Soubera que lá fazia frio. Ele odiava o frio, mas mesmo assim queria arriscar, queria encontrar novas temperaturas. Levará consigo apenas o sombrio olhar das lembranças ruins, que tentará ali, deixar pra trás. Ouvia música no momento da partida. Não lembrava qual, eram apenas melodias soadas com acordes secos de guitarras mal afinadas, era bonito ao seu "ver". Queria sair dali, pois esse lugar trazia um misto de felicidade e decepção. Odiava tudo ao mesmo tempo que amava somente as pessoas que ficaram. Hoje ele está na Hungria, colhendo maçãs e lembrando do abraço que deixará ao partir na noite do dia 26/06 do ano que não lembra.