quinta-feira, 27 de março de 2014

Sonar de um sonho

Certo dia estava passando perto de sua faculdade quando nos encontramos, foi como se o tempo ao nosso redor tivesse parado na hora. Te vi mulher, com aquele olhar seu. Estávamos nós ali, na rua, somente nós a deriva num mar de coisas e objetos. Nos olhamos com ternura e com um sorriso que nunca conseguiremos esconder, nos cumprimentamos embaraçados mas consciente que nos conhecíamos a vida toda e que aquilo era mero "fazimento" de ambos. Falamos sobre tudo. Sentamos num banco, você me falou de suas aulas de necropnãoseioque, colegas, família, saudade e aflições. Contei que logo as aflições passariam e que tudo voltaria ao normal, inconscientemente eu só queria tira-lá dali e leva-la em meus braços, mas não podia, não tinha mais esse direito. Pensei em convida-lá para um café, mas o mundo ao nosso arredor estava em pausa, pois estávamos juntos no mesmo lugar, no mesmo ambiente, não conseguiríamos prestar atenção em nada a não ser em nós. Pensei em nossas mãos se tocando e se falando. Ficamos calados ao longo do dia, não tínhamos mais assuntos, mas somente a nossa presença nos conversava. Era gostoso te-la ali, naquele mundo em que só nós entendiamos. 


Todo amor sempre




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